Entrevista de apresentação – Dorival Júnior
Dorival Júnior concede coletiva de apresentação e responde os diversos aspectos que vive o São Paulo
Nesta segunda-feira (10), o São Paulo apresentou Dorival Júnior, seu novo treinador para o seguimento do campeonato brasileiro. Dorival chega após grande passagem pelo SFC, onde chegou em 2015, com a missão de salva-los do rebaixamento, e deixou o time nas oitavas de finais da Libertadores.
Dorival Júnior começara seu trabalho na tarde desta segunda-feira, comandando o treinamento no CT da Barra Funda. O primeiro jogo será na quinta-feira, diante do Atlético-GO, no Morumbi.
FICHA TÉCNICA
Nome completo: Dorival Silvestre Júnior
Data de nascimento: 25/04/1962 (55 anos)
Local de nascimento: Araraquara-SP
Clubes: Ferroviária (2002), Figueirense (2003-2004), Fortaleza (2005), Criciúma (2005), Juventude (2005), Sport (2005-2006), Avaí (2006), São Caetano (2006-2007), Cruzeiro (2007), Coritiba (2008), Vasco da Gama (2009), Santos (2010), Atlético-MG (2010-2011), Internacional (2011-2012), Flamengo (2012-2013), Vasco da Gama (2013), Fluminense (2013), Palmeiras (2014), Santos (2015-2017) e São Paulo (desde 2017)
Títulos: Campeonato Catarinense (2004), Campeonato Pernambucano (2006), Campeonato Paranaense (2008), Campeonato Brasileiro da Série B (2009), Campeonato Paulista (2010), Copa do Brasil (2010), Recopa Sul-Americana (2011), Campeonato Gaúcho (2012) e Campeonato Paulista (2016)
VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS DA COLETIVA DE DORIVAL JÚNIOR:
Saídas de Cueva e Rodrigo Caio
– Não tivemos nenhuma conversa sobre isso, o voo atrasou para chegar aqui e não queria atrasar a apresentação. Sobre motivar o Cueva, não tenha dúvidas de que é obrigação do treinador. Mas um profissional tem obrigação de se sentir motivado em todos os aspectos. A instituição tem que ser preservada e respeitada.
Dificuldade de trabalho no começo, com jogos na sequência
– O grande problema é que teremos um mês, 45 dias, totalmente preenchido, com jogos às quartas e domingos, passa a complicar todos nós que dirigimos. Nas equipes em que tivemos períodos de trabalho, no Santos foram três semanas abertas, isso foi fundamental para melhorar e crescer. Espero passar de maneira positiva por esse momento, tentar correções rápidas.
Análise do momento do São Paulo
– Difícil analisar sem viver dia a dia. Passo a me responsabilizar daqui para frente, para que o São Paulo tenha uma nova condição. O São Paulo teve coisas muito boas nesse período, fiz um comparativo no voo, da equipe que atuou contra o Santos no Paulista, na Vila, apenas três jogadores atuaram ontem. De repente, em cima de tudo isso, o São Paulo conseguiu coisas boas.
O que fazer no início de trabalho?
– Pensar em agilizar uma situação agora é inoportuno, temos que buscar o emergencial, mas mostrando no campo, no dia a dia, o que estamos observando. Resgatar a confiança de cada jogador para que tenhamos atuações mais consistentes, em busca de bons resultados.
Rogério Ceni
– Tenho respeito, consideração e carinho muito grande pelo Rogério, não preciso falar da história dele, que se confunde com o nome da entidade. É um profissional que sempre foi exemplar, eu quero falar com ele, não tive oportunidade na semana anterior, mas nos próximos dias, pela pessoa e profissional que ele sempre foi, pelo respeito que tenho por ele, vou conversar.
Filho auxiliar
– É uma relação estritamente profissional, meu filho se preparou, trabalhava comigo antes de sua formação, mas não diretamente em clubes. Fazendo observações, ele se preparou, assim como qualquer figura da minha comissão técnica ou da permanente do clube, tem liberdade para pontuar qualquer coisa. A última posição recai sobre o treinador, eu ouço bastante.
Qual o campeonato do São Paulo no Brasileiro?
– Acho que o São Paulo tem degraus e está na competição em condição diferente da maioria das equipes. É um campeonato de recuperação, já vi acontecer, como já vi situações se agravarem. O São Paulo tem um bom grupo, uma diretoria atenta, que trabalha com intensidade e que busca situações pontuais que deem situações melhores à equipe. Para um campeonato de recuperação, exigirá muito mais do que nós temos visto. O São Paulo não pode continuar como está.
Facilidade para trabalhar com jovens da base. Pretende ir a Cotia, trazer mais garotos?
– Já está ocorrendo essa aproximação. O treinador precisa estar dentro de Cotia também. Daqui alguns dias, vou poder observar um pouco mais. Essa integração vai ocorrer ainda mais. No Santos, era facilitado porque recebia as equipes dentro do CT. Com o São Paulo, certamente se dará porque a estrutura permite isso.
Mudanças no elenco
– Ainda acredito que o São Paulo possa fazer outro campeonato. Vai depender da mudança de postura dos jogadores. Sobre reforços, vou privilegiar o que temos aqui, mas a diretoria está atenta ao que acontece no mercado. Internamente, é difícil reforçar porque a grande maioria já estourou o limite de jogos. De fora, o problema é a data, a janela fecha rápido. Temos que estancar essas chegadas e saídas para que os atletas recuperem sua condição emocional e o time possa reagir.
Tem alguém da base que ainda está em Cotia que você pretende observar?
– Alguma coisa tem sim. Vi uma parte da última partida contra o Audax, pela Copa Paulista. Tudo isso vai acontecer de uma maneira natural. O principal agora é focarmos para que o temos aqui dentro, buscar as correções e recuperar a confiança do grupo. A partir daí, pode aparecer um garoto ou outro e, dentro de uma necessidade, poderá ter a necessidade de se apresentar.
Dia a dia. Vai fechar os treinos?
– Vamos conhecer o clube primeiro. Essas deliberações ocorrerão internamente.
Vai usar o Lucão?
– Tivemos uma reunião em Florianópolis e algumas situações foram colocadas. Não chegamos a tratar os detalhes. O Lucão procurou a diretoria e foi solucionada essa questão.