Entenda porque o Tricolor pagou pela liberação de Carneiro

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Foram dois motivos que levaram o São Paulo a pagar aproximadamente R$ 2,6 milhões ao Defensor, do Uruguai, pela liberação de Carneiro

Carneiro foi apresentado nesta segunda-feira, no CT da Barra Funda. Muitos torcedores ao saberem de sua contratação, questionaram o motivo do São Paulo ter gasto dinheiro com a transferência (800 mil dólares (cerca de R$ 2,6 milhões – por 50% dos direitos econômicos) já que o atacante de 22 anos tinha contrato com o Defensor, seu antigo clube, até 31 de julho.

Segundo a lei da Fifa, ele já poderia assinar um pré-contrato seis meses antes do término de um vínculo. Porém, dois aspectos levaram o Tricolor a entrar em contato com o clube uruguaio para ter a liberação imediata do jogador. Veja abaixo:

PRIMEIRO MOTIVO

A janela de transferências internacionais do meio do ano para o Brasil ficará aberta até o dia 20 de julho. Portanto, 11 dias antes do término do antigo contrato do jogador com o Defensor.

Ou seja, se o São Paulo firmasse um pré-contrato, e o Defensor segurasse o jogador até o fim do vínculo, Carneiro só poderia ser registrado na outra janela, entre o fim de 2018 e o começo de 2019.

SEGUNDO MOTIVO

Uma taxa estabelecida pela Fifa chamada “training compensation”. É um dispositivo criado para recompensar o clube formador e pago exclusivamente na primeira transferência internacional de saída. Esse dispositivo é referente à formação dos 12 aos 23 anos. Há diferença nos valores pagos dos 12 aos 16 anos e dos 16 aos 23.

O valor da taxa é calculado de acordo com o número de anos nos quais o atleta defendeu o clube formador e também com base no nível do clube para o qual o jogador está se transferindo. Pelo regulamento da Fifa, as confederações continentais (Conmebol, Uefa e Concacaf, entre outras) e os clubes são classificados em quatro categorias, segundo critérios específicos.

No caso da transferência de Carneiro do Defensor (categoria Conmebol 2) para o São Paulo (categoria Conmebol 1), o Tricolor calcula nos bastidores que teria de pagar cerca de 600 mil dólares (aproximadamente R$ 1,95 milhão) aos uruguaios pela taxa – segundo a ficha divulgada na apresentação, Carneiro ficou no Defensor de 2009 a 2018.

Ou seja, o São Paulo acrescentou mais cerca de 200 mil dólares (aproximadamente R$ 650 mil) ao investimento que obrigatoriamente seria feito e obteve a liberação imediata.

O diretor executivo de futebol, Raí falou sobre os motivos por antecipar a negociação. “Trazer neste momento é fundamental. A janela poderia fechar e ele não conseguiria jogar neste ano. Poderia só jogar em 2019. A concorrência poderia crescer e dificultar a transação. Ele chegando nos deixa tranquilos para acompanhar a recuperação (da pubalgia) e a adaptação final. Temos certeza que teremos um jogador que vai dar muitas alegrias ao São Paulo e mostrar seu potencial”, finaliozu.

Foto: Érico Leonan/saopaulofc.ne

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