Cuca fala sobre expulsão, VAR, confusão com Castan e derrota
Após a derrota para o Vasco, na tarde deste domingo, o técnico Cuca falou sobre o jogo, a expulsão injusta de Raniel, VAR e muito mais
Cuca viu erro na expulsão de Raniel, aos 35 minutos do primeiro tempo, após análise do VAR pelo árbitro Anderson Daronco na derrota para o Vasco, neste domingo.
Apesar de ficar com dez desde o primeiro tempo, o treinador são-paulino reconhece que a equipe deixou muito a desejar nesta tarde.
EXPULSÃO
Penso que não era lance para expulsão de forma alguma porque ele está na frente. Quando a bola vem ele tenta dominar a bola. Penso que, quando muito, era lance para cartão amarelo. Acho que o Vasco ia vencer no 11 contra 11 pelo o que estava apresentando durante o jogo se a gente não mudasse de atitude como mudamos quando ficamos com um homem a menos. Uma coisa é a expulsão, que foi equivocada, e e outra o resultado do Vasco, que foi merecido.
VAR
Falei que era uma loucura expulsar o jogador por aquela jogada. Não sei quem estava lá em cima, não tem cabimento. Mas não foi esse o motivo que perdemos. No 11 contra 11 o Vasco estava merecendo
O JOGO
Vanderlei fez um trabalho muito bom hoje, o Vasco jogou como antigamente a gente vinha jogar e tinha muita dificuldade porque houve uma fusão da arquibancada com campo do jogador. Jogadores todos muito descansados, isso é importante ter. Fizeram um jogo com impeto volumoso. Tivemos dificuldade nisso, foi merecida a vitória do Vasco.
No segundo tempo tentamos jogar a equipe mais para frente, buscando alternativas, tínhamos desfalques todos em um setor que fizeram falta. Não tem nada para reclamar, campeonato é assim mesmo. Tem de se reerguer o quanto antes para poder vencer a próxima. Tínhamos uma invencibilidade de nove jogos, com cinco vitórias seguidas. Vamos recomeçar.
CAMPEONATO DO SÃO PAULO É PRA SER CAMPEÃO?
Analiso que temos de ter equilíbrio e saber perder. Separar as coisas que aconteceram hoje do campeonato. Temos de buscar o porque de não ter ocorrido. Mas estamos numa obra que a gente precisa fazer um prédio de 75 andares, 76 andares. Fizemos 30 e paramos nos 30. Vamos ver se sabado a gente passa para 33. E tem dia que via chover, não vamos poder trabalhar direito e temos de administrar. Assim é o futebol. Não é numa derrota que ninguém serve e está tudo errado. Mérito para o adversário também.
GRITOS HOMOFÓBICOS NO ESTÁDIO CONTRA O SÃO PAULO
É um tema muito delicado. Tem umas coisas no futebol que você já vive com elas, e de repente na nossa vida tudo está mudando. Antigamente você falava que era viado e era uma coisa normal, hoje dá cadeia falar uma coisa assim. Esses cantos começou no México falando “puto” quando bate o tiro de meta. Está sendo corrigido. Foi corrigido tanta coisa que tenho esperança que isso seja corrigido também. Quem diria que a um dia a gente ia ver um bar que ninguém pode fumar. Todo mundo fumava, até no avião. Eu não acreditava que ia vingar e vingou. Quem sabe a gente possa ter no futuro uns gritos de outras coisas que não sejam homofobicos.
CONFUSÃO COM CASTAN
Eu não ia falar nada sobre o que aconteceu porque coisa de campo tem de morrer dentro de campo. Já que viram o que eu falei. Ano passado, o Santos e Vasco no Pacaembu, houveu m momento que o Castan me cobrou para que chamasse atenção do Gabigol e eu chamei. Ele entendeu, acabou o jogo, tudo bem. Hoje, quando o juiz tinha apitado uma falta, não lembro se foi o Marrony, depois da jogada deu um chapeu no Juanfran. Isso irrita muito quem está em campo. Falei para o Castan: “você lembra?” E o Castan veio com o dedo em riste para Juanfran e Tchê Tchê, que foram falar para o menino nao fazer isso. Foi uma correção que falei para que ele fizesse. Não foi nada a mais do que isso, não entrei para brigar com ninguem. Acho que ele queria vir me falar alguma coisa, entra o pessoal do deixa disso, parece que é um tumulto.
Foto: Reprodução TV
Fonte: Globoesporte.com