Conselheiros estudam novas mudanças no estatuto do São Paulo

A ideia é que as eventuais alterações sejam votadas ao longo de 2020, para que em caso de aprovação, passem a valer junto com o próximo mandato presidencial, em 2021
Conselheiros do São Paulo, de situação e oposição, discutem fazer mudanças no estatuto do clube. A ideia é que essas eventuais alterações sejam votadas ao longo deste ano para que, em caso de aprovação, passem a valer junto com o próximo mandato presidencial, em 2021. O novo estatuto entrou em vigor somente há três anos.
São três pontos principais, que de certa forma estão interligados: o fim da existência de um vice-presidente para ser eleito junto do presidente nas eleições, a volta das vice-presidências nas principais diretorias e a escolha de um líder independente para o Conselho de Administração.
Veja abaixo, as propostas de mudanças mais detalhadas:
Fim do vice-presidente eleito
De acordo com o atual estatuto do clube, as chapas que se inscreverem para uma eleição presidencial precisam conter dois nomes: um presidente e um vice. A mudança que tem sido discutida pelos conselheiros é pela extinção da exigência por um vice na chapa e fazer com que a vice-presidência se torne um cargo de confiança.
Ou seja, o presidente eleito passaria a nomear um vice com quem teria mais proximidade e confiança. Isso seria para evitar desentendimentos e rachas como o de Leco com Natel, presidente e vice.
Executivos subordinados a vice-presidentes vindos do conselho
Grupos políticos do São Paulo querem retomar uma coisa que foi abolida no novo estatuto a partir de 2017. Com a intenção de tornar a gestão do clube mais profissional, foram abolidas as vice-presidências das diretorias para que cada pasta principal fosse gerida apenas por diretores-executivos.
No formato atual, Raí é o diretor-executivo e responde diretamente a Leco na presidência e ao Conselho de Administração. Mas em outras diretorias foram contratadas figuras que faziam parte do Conselho Deliberativo, o que é visto por muitos como falta de profissionalismo. Para combater isso, já no ano passado ficou decidido que qualquer conselheiro que passe a ter cargo remunerado na diretoria seria obrigado a abandonar de vez a cadeira no CD.
Com a mudança que pode ser proposta, os executivos continuariam a ter autonomia, mas com uma espécie de supervisão do vice-presidente da pasta, que não seria remunerado e viria do Conselho Deliberativo após nomeação.
Apesar de voltar a ter um conselheiro na gestão, o que abriria portas para conchavos políticos, ficaria proibida de vez a entrada de conselheiros nos cargos remunerados. Mas mesmo assim a ideia é de que essa conduta seja aprovada provisoriamente, como um processo de transição, para que os profissionais contratados do mercado para as diretorias executivas tenham uma espécie de apoio sobre a realidade do clube, algo que na visão dessas pessoas só poderia ser dado pelos próprios conselheiros.
Eleição para definir a presidência do Conselho de Administração
Atualmente, o presidente do Conselho de Administração é também o presidente da diretoria executiva, ou seja, o Leco.
Grupos políticos do São Paulo acreditam que isso tira o peso do Conselho de Administração, que deveria servir como uma espécie de auditoria interna ou como um filtro sobre as decisões do clube.
A ideia então é fazer com que haja uma eleição específica para escolher o líder do CA. Conselheiros acreditam que é a mudança mais viável de acontecer.
Foto: Divulgação
Fonte: UOL Esporte