Conselheiros divididos no apoio aos candidatos para presidentes do Tricolor

Cinco anos da Era Leco: nenhum título, aumento das dívidas e vexames em campo

Diretores do São Paulo com cargos na gestão Leco, apoiam o lado que hoje faz oposição ao grupo político do próprio Leco na eleição. O dirigente não poderá tentar a reeleição em dezembro.

Embora tenham cargos na gestão Leco, José Roberto Canassa (diretor da base em Cotia), José Carlos Ferreira Alves (diretor adjunto de futebol) e Rafael Palma (diretor executivo de estádio) são contrários à chapa que tem Julio Casares como candidato confirmado.

Eles estão ao lado de Marco Aurélio Cunha, Roberto Natel (vice-presidente rachado com Leco) e Sylvio de Barros, pré-candidatos a disputar uma prévia para tentar definir um representante desse grupo.

Canassa e Ferreira Alves (potencial candidato à presidência do Conselho Deliberativo numa eventual chapa com Marco Aurélio) são conselheiros. Palma deverá ser candidato a uma vaga no Conselho na eleição de novembro, motivo pelo qual abriu mão de remuneração desde abril.

Por outro lado, outros conselheiros que também têm cargos na gestão de Leco apoiam Casares. São os casos, por exemplo, de Fernando Bracalle Ambrogi, o Chapecó (diretor adjunto de futebol), Carlos Belmonte Sobrinho (diretor geral do clube social e que seria o substituto de Raí como executivo de futebol se o ídolo tivesse saído no fim de 2019) e Harry Massis Junior (secretário da presidência).

Julio Casares e Leco são do mesmo partido no São Paulo, o “Participação”, inserido numa coalizão de oito grupos de olho na eleição. Ou seja, apesar de estar fora da disputa eleitoral, Leco está no lado político de Julio Casares. Mas ele não articula apoio nos bastidores, pois Casares não é o candidato preferido do atual presidente.

Ainda assim, Leco endossa o nome definido pela sua base de sustentação política. É uma forma de retribuir o apoio dos partidos que estiveram com ele desde outubro de 2015, quando substituiu Carlos Miguel Aidar após a sua renúncia sob denúncias de corrupção.

Outro exemplo da mistura política no São Paulo é o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta. Candidato da oposição derrotado por Leco na última eleição, em 2017, ele ficou insatisfeito com o comportamento de apoiadores depois do pleito e nos últimos anos se aproximou do próprio Leco.

Atualmente, Pimenta é presidente do Conselho Consultivo, formado por ex-presidentes da diretoria e do Conselho Deliberativo. Nesse processo eleitoral ele articula a favor de Julio Casares.

Na contramão, os conselheiros José Alexandre Médicis e José Jacobson Neto, ex-vice e diretor de futebol da gestão Leco, respectivamente, hoje estão politicamente no lado oposto ao do presidente.

ELEIÇÃO SÃO-PAULINA

Os sócios escolhem os conselheiros (serão 100 eleitos neste ano). Esses, depois de eleitos, votam para decidir o novo presidente.

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Fonte: Globoesporte.com