Conmebol prejudica o São Paulo e outros clubes da América do Sul

Empresa se apropriou de direitos para videogames e criou um problema comercial para os participantes da Libertadores

Empresa se apropriou de direitos para videogames e criou um problema comercial para os participantes da Libertadores

A Conmebol e clubes de toda a América do Sul, entre os que participam da Libertadores, têm um problema comercial a resolver. A confederação se apropriou dos direitos para videogame dos times Flamengo, Palmeiras., Corinthians, São Paulo, Vasco, Atlético-MG, Boca Juniors (Argentina), River Plate (Argentina), Colo Colo (Chile), Universidad de Chile (Chile), Universitario (Peru), Alianza Lima (Peru), Sporting Cristal (Peru) e Sport Boys (Peru), interferiu na concorrência entre as fabricantes EA Sports e Konami e criou uma pequena crise no ramo desta indústria.

A Conmebol possui no regulamento para a participação da Libertadores, mais especificamente na cláusula 1.2.1, a seguinte regra. 

“No que diz respeito aos videogames, os direitos licenciados pelos clubes neste manual incluem o uso coletivo da imagem de jogadores e treinadores […] e o uso da propriedade intelectual dos clubes (incluindo marcas, escudos, uniformes, insígnias e mascotes) […]

Esses videogames poderão ser comercializados pela CONMEBOL a terceiros, para sua exploração comercial, e os clubes garantirão à CONMEBOL que tais direitos estão livres de encargos e limitações. Qualquer limitação para exploração irrestrita deverá ser previamente informada

A EA Sports detém os direitos de exploração de videogames, estando presente a CONMEBOL com seus clubes participantes no FIFA 2020″

Em outras palavras, a Conmebol impôs aos clubes que direitos para videogame precisam ser cedidos gratuitamente. A regra consta no regulamento desde a edição de 2018, porém, pela primeira vez em 2020, a confederação negociou os direitos com a EA Sports e acrescentou este último trecho no regulamento para formalizar a cessão à empresa.

Hoje, existem muitos clubes com contratos de licenciamento e/ou patrocínio com a concorrente, Konami, fabricante do Pro Evolution Soccer. Os acordos são feitos com caráter de exclusividade justamente para que as associações tenham melhores condições na negociação.

A jogada da Conmebol gerou um movimento contrário por parte dos clubes. No Brasil, um grupo de cinco clubes – Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Atlético-MG e Athletico-PR – enviou em 18 de dezembro de 2019 um ofício conjunto para a entidade. No documento, dirigentes reclamam da postura arbitrária da confederação.

Cinco clubes se manifestaram contra regra da Conmebol sobre direitos para videogame — Foto: Reprodução

Foto: Divulgação / EA Sports
Fonte: Globoesporte.com