Começa a surgir opositores a Casares
Marco Aurélio Cunha e Roberto Natel são dois nomes cotados para enfrentar Julio Casares na eleição para presidente do São Paulo em dezembro
Ex-diretor de futebol e conselheiro vitalício do São Paulo, MAC estuda essa possibilidade há algum tempo e quer ser candidato, mas depende de apoios para entrar ou não na disputa como oposição. Já o atual vice, Natel, entra como provável candidato a “desbancar” Casares, situação.
Há articulação de uma chapa com Marco Aurélio presidente e José Carlos Ferreira Alves na presidência do Conselho, conforme publicou o “UOL”. José Roberto Opice Blum e Homero Bellintani são opções menos cotadas para a candidatura ao Conselho nesta chapa.
Com visibilidade fora do São Paulo, Marco Aurélio precisaria viabilizar sua candidatura internamente no Conselho para encarar a coalizão formada por situação e centrão que apoia Casares e tem Olten Ayres de Abreu Junior como postulante à presidência do Conselho Deliberativo.
Essa coalizão tem, por exemplo, o apoio do ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, antigo candidato da oposição derrotado pelo atual presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, na última eleição. Leco não poderá concorrer à reeleição.
Atual vice e rachado com Leco, Roberto Natel é uma candidato visto como provável nos bastidores. Segundo o conselheiro da oposição Newton Luiz Ferreira, o Newton do Chapéu, Natel participou de uma reunião com o total de 23 pessoas de cinco partidos no último sábado, quando discutiram premissas do “Movimento de Resgate”.
Ainda de acordo com Newton, uma convenção será feita para definir o candidato da oposição. Inicialmente isso ocorreria em junho, mas por causa da pandemia do Covid-19 não há uma data definida.
Neste momento não há uma composição entre Marco Aurélio e Natel, embora não seja uma possibilidade descartada para o futuro.
Além de Natel e Marco Aurélio, Sylvio Alves de Barros Filho é outro possível candidato da oposição citado com menos força.
Diretor associado da base em Cotia e aliado de Leco, José Roberto Canassa coordena o grupo “Pró-São Paulo”. Ele deverá ter participação no processo político com apoio a uma candidatura, mas dificilmente teria força para disputar o pleito e nega ter essa intenção (veja no fim da reportagem).
Embora Casares não seja o candidato preferido de Leco, o atual presidente endossa os nomes apoiados pela sua base de sustentação política. Originalmente ela é formada por quatro partidos: “Sempre Tricolor”, “Legião Tricolor”, “Vanguarda” e “Participação”. A esses grupos se somaram outros três: “Movimento São Paulo”, “Força São Paulo” e o grupo do ex-presidente Pimenta.
Nesta semana, um novo grupo de conselheiros vitalícios independentes, com oito integrantes, também decidiu apoiar a chapa Casares e Olten. Membros dessa coalizão (situação e centrão) acreditam representar entre 130 e 140 conselheiros do São Paulo.
Hoje o Conselho Deliberativo do São Paulo tem 240 cadeiras, mas o número aumentará para 260 depois da eleição de novembro, quando o quadro será renovado. No total serão 100 conselheiros eleitos e 160 conselheiros vitalícios. Eles serão os responsáveis por eleger um novo presidente.
Recentemente, houve abertura de mais dez vagas para eleição de vitalícios, mas o processo está suspenso por causa da pandemia do coronavírus.
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Outro lado
- Marco Aurélio Cunha e Roberto Natel foram procurados, mas preferiram não se manifestar;
- José Carlos Ferreira Alves: “De concreto não existe nada. Nenhuma pré-disposição a isso. Realmente estamos conversando e sabendo panorama da eleição, vendo a melhor opção para apoiar. Nesse sentido tudo é especulação. Nunca parei para pensar nisso (chapa com Marco Aurélio). O Marco é uma pessoa que adoro. Respeito muito. Acho que seria um excelente presidente do São Paulo por tudo o que conhece de futebol nesses anos todos. Gostaria muito de vê-lo como presidente, mas precisa ver se ele topa. É tudo muito prematuro. Aparentemente só existe certeza na candidatura do Casares e do Olten”.
- José Roberto Canassa: “Não pretendo (ser candidato). Você viu algum grupo político que não queira ter uma pessoa na liderança? Todos querem, mas nem todos reúnem condições para isso. Penso que no momento não reúno todas as condições para postular essa candidatura. Não aderi nenhuma candidatura por enquanto. Sou diretor do Leco e assim quero permanecer até ordem contrária. Quero ajudá-lo a sair dos grandes problemas financeiros que temos, assim como todos clubes do Brasil, e dessa crise do coronavírus. Estou cuidando das obrigações do CFA de Cotia, com 500 atletas, e preocupado com coronavírus. Tenho que deixar tudo preparado”.
Foto: Divulgação