Coletiva de Ceni mexe com os bastidores do Tricolor
Ídolo do Tricolor expôs de forma mais clara do que o habitual problemas estruturais do São Paulo
A vitória do São Paulo sobre o Santo André por 1 a 0, com futebol ainda sem brilho, devolveu a Rogério Ceni um controle que parecia estar prestes a perder no clube. Menos pelo que se viu em campo, mais pelo que se ouviu quando o jogo já tinha terminado.
Se antes o treinador enfrentava risco de demissão e havia dispersão de apoio no São Paulo, essa adesão agora converge na direção de Ceni, ídolo histórico do clube como atleta, mas que, na figura de técnico, enfrenta resistências nas arquibancadas e em setores do Morumbi e do CT da Barra Funda.
Essas divergências diminuíram após a entrevista de Ceni em que expôs, de forma mais clara do que o habitual, problemas estruturais do São Paulo.
“Meu relacionamento com jogadores, funcionários… Eu conheço os mesmos porteiros e o pessoal da cozinha há 20 anos. Cumprimento todos, trato bem todos. Tem departamento que precisa melhorar mesmo. Quando eu cheguei não tinha água na piscina, tinha cadeira e mesa. Eu sou o cara chato que pediu para colocar água na piscina”, falou o ídolo do Tricolor.
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Nesse sentido, admitiu que possa ser alvo de reclamações por se colocar no papel de quem cobra para que o modelo são-paulino, um dia tido como exemplar, volte a funcionar. Mas negou insatisfações generalizadas que o coloque à beira de um motim.
“Então são ajustes e cobranças que geram insatisfação porque a pessoa tem que trabalhar por mais tempo. Eu penso no melhor para o clube”, desabafou.
Foto: Fellipe Lucena / saopaulofc
Fonte: Globoesporte.com