Cinco impactos financeiros do São Paulo neste começo da paralisação do futebol

O São Paulo já sente os efeitos nas finanças pela paralisação do futebol por causa do coronavírus
A longo prazo, em um cenário com três meses de paralisação do futebol, o diretor financeiro Elias Albarello prevê um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões.
Veja abaixo quais foram os impactos imediatos para o clube:
1. Renda do clássico contra o Santos
A vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o Santos, no Morumbi, foi de portões fechados. O Tricolor estima que havia arrecadado cerca de R$ 1 milhão com venda de ingressos. Os valores tiveram que ser devolvidos ou ainda estão em processo de devolução aos torcedores. A partida sem torcida deu prejuízo de R$ 47 mil.
2. Renda do jogo contra o River Plate
O São Paulo enfrentaria o River Plate, no dia 17 de março, no Morumbi, pela terceira rodada da Copa Libertadores, mas a partida foi suspensa, assim como todos os outros jogos da competição continental pela Conmebol. Inicialmente a projeção é de retorno em maio.
O departamento financeiro projetava uma receita entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões no jogo. Foram vendidos antecipadamente 39 mil ingressos. O clube prometeu ressarcir os torcedores que compraram entradas. Provavelmente seria o jogo de maior público do time na temporada.
3. Atraso no pagamento do Barcelona
O Barça fechou com o São Paulo a opção de compra do atacante Gustavo Maia, revelado na base, por 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões). Mas os espanhóis atrasaram o pagamento, por causa das consequências financeiras pela crise do coronavírus.
4. Redução da cota dos Patrocinadores
São Paulo e Banco Inter anunciaram nesta quinta-feira a renovação do contrato que tem um novo vínculo até dezembro, quando chega ao fim a gestão de Leco.
No novo acordo, porém, o banco deixará de expor a sua marca nas costas da camiseta, e ficará só com a exposição na parte da frente.
A Adidas, fornecedora de material esportivo do clube, avisou ao Tricolor que não conseguirá pagar da maneira originalmente combinada e propõe um acordo para prorrogar os depósitos.
O São Paulo atualmente tem 13 patrocinadores.
5. Renegociação salarial
Mesmo sem acordo com os jogadores, o São Paulo cortou salários e pagou 50% dos vencimentos da CLT de março. A promessa é de reembolsar os 50% descontados agora em seis parcelas a partir do mês seguinte, ao fim da crise do coronavírus.
O clube também pagou dois dos três meses de direito de imagem do ano: janeiro e fevereiro. Março segue pendente e a promessa é de quitar “assim que possível”.
Alguns jogadores entendem que a diretoria tenta incluir no acordo dívidas antigas que mantêm com os atletas. Esse jogadores querem primeiro receber os valores atrasados, para então discutir acordo relativo a pagamentos futuros.
O pagamento dos direitos de imagem estão congelados a partir deste mês de abril. O Tricolor garante um mínimo de R$ 50 mil para todos atletas, independentemente do corte de 50% nos salários.
Foto: Flavio Florido/BP Filmes
Fonte: Globoesporte.com