Calleri busca idolatria no São Paulo: “Quero que daqui a 30 anos lembrem de mim”
Argentino também elegeu seu gol contra a Universidad Católica o melhor de toda a sua carreira no futebol
A identificação de Calleri com o São Paulo é algo notado pelos torcedores. Nesta temporada, o camisa 9 se firmou como o atual artilheiro da equipe e contou sobre um sonho: se tornar ídolo no clube.
Em entrevista ao programa ‘Bola da Vez’, da ESPN, o atacante destacou que quer fazer história com a camisa do Tricolor paulista. O jogador afirmou que reconhece o tamanho do clube e que por este motivo quer ser lembrado – e mira em conquistar sua idolatria.
“Se você não entende o tamanho do São Paulo, dificilmente poderá jogar lá. Sou uma pessoa que tenta melhorar, dar 100%. Mas tenho um fogo ‘sagrado’ que me levou até aqui. Sou um cara que sempre quer ganhar, que sempre vai brigar por meus companheiros, pelo clube que visto a camisa. As pessoas que entendem o tamanho do clube são as que fazem história. Estou escrevendo a minha, quero ser ídolo do clube, ganhar títulos e ser uma pessoa que daqui a 20, 30 anos lembrem“, disse.
O argentino retornou ao São Paulo em agosto do último ano, emprestado pelo Deportivo Maldonado, do Uruguai, com um contrato até o fim desta temporada. Porém, depois de bater algumas metas obrigatórias, o Tricolor realizou a compra do atleta, que agora tem vínculo até 2025.
Ainda em entrevista ao ‘Bola da Vez’, o camisa 9 não escondeu que tinha o desejo de retornar para o clube do Morumbi – onde também atuou em 2016.
“Eu sabia que algum dia ia voltar a vestir a camisa do São Paulo. Minha família sempre achava que onde fui mais feliz foi no São Paulo. Sinto que sou importante para o clube”, explicou.
Porém, antes disso se concretizar, o artilheiro teve passagens por algumas equipes na Europa, onde ele afirmou ter cometido alguns erros. O argentino jogou pelo West Ham, na Inglaterra, e em quatro clubes espanhóis: Las Palmas, Deportivo Alavés, Espanyol e Osasuna.
De acordo com ele, ter mudado de equipe tantas vezes não foi bom para seu futebol e que, talvez hoje em dia, agiria de uma forma diferente.
“Faria muito diferente. Trocaria muitas coisas, primeiro o jeito que eu saí do São Paulo. Mas trocaria muitas coisas, de ficar na Europa um ano em cada time, em cada país. Um na Inglaterra e não sabia falar inglês, quando comecei a entender meus companheiros fui embora, o mesmo aconteceu na Espanha que cada ano joguei em um time. Quando você joga em um time menor e tem a situação de um gol a cada dois, três jogos, para um camisa 9 é muito difícil. Os números estão para olhar. Europa não deu certo muitas questões: distância, não estava no meu melhor momento, muitas coisas no meio. Trocaria de ir time a time por estabilidade, porque em um ano você pode ir bem ou outro pior. Eu trocaria sim o jeito que fui ano a ano em um time. Não poderia tomar uma melhor decisão de voltar ao São Paulo” explicou.
Agora, no São Paulo é um dos nomes mais ovacionados pela torcida. O argentino já soma 19 gols marcados em 41 jogos nesta temporada. Também é o vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro.
Calleri aproveitou a oportunidade e elegeu seu melhor gol da carreira. De acordo com ele, foi vestindo a camisa do Tricolor, contra a Universidad Católica, pela Copa Sul-Americana.
“A chapada contra a Católica, pela jogada coletiva. Um jeito de fazer gol que nunca fiz. De todos os que eu tenho, foi o primeiro de fora da área, então é um jeito que não faço muito, pela jogada, pelo momento do jogo, com um a menos. Foi uma jogada muito boa que eu briguei para sair. Rogério me empurrou para o campo, derrubei ele, cheguei, Igor ajeitou para trás e eu consegui fazer o gol”, concluiu.