Belmonte fala em mudar “tudo” no São Paulo para 2022

Carlos Bemonte no CT da Barra Funda. (Foto: Divulgação)

Em entrevista, Belmonte afirma que para a próxima temporada haverá mudanças não apenas na questão estrutural, mas também de pessoal

Carlos Belmonte, dirigente do São Paulo, disse que o clube precisa se modernizar e que os funcionários, daqueles com mais tempo de casa até os mais novos, precisam ter “fome”.

O São Paulo teve diversos desfalques causados por lesões e um longo período na recuperação de atletas, o que levou o clube a uma revisão de sua estrutura nos departamentos médico e de fisiologia. A constatação interna é de que a recuperação física, que já foi referência no futebol brasileiro, ficou estagnada e não pode ser comparada, por exemplo, com a do vizinho Palmeiras, na avaliação do diretor de futebol Carlos Belmonte.

A gente foi lá atrás referência e paramos no tempo. Nossa estrutura, se comparada a times que a gente sabe e acompanha, fomos até ver essa estrutura, hoje, por exemplo, nós não temos aqui do nosso lado como comparar a nossa estrutura com o Palmeiras. Não temos. Agora nós começamos a trabalhar isso, também não é fácil. Nós não temos recursos, então tem algumas pessoas, por exemplo, o doutor Turíbio [Leite de Barros, fisiologista] tem nos ajudado com a experiência que ele tem, alguns outros médicos, alguns outros especialistas também“, disse Belmonte.

“Estão chegando equipamentos, a gente está mexendo na estrutura. Para você ter uma ideia, é uma coisa que chega a ser, que impressiona, a gente tem aqui, no Centro de Treinamento, uma piscina e essa piscina estava fechada há praticamente três anos. Qual era o motivo? Um vazamento, uma infiltração. Quer dizer, hoje nós já fizemos uma obra barata, rápida, já fizemos a correção da infiltração e já vamos estar com a piscina na próxima semana pronta. É uma coisa tão simples, não dá mais”, completa.

As mudanças no São Paulo, com equipamentos adquiridos por meio de permuta, também englobam a reforma do vestiário do time no Centro de Treinamento, onde o chuveiro elétrico e a banheira de gelo são pontos citados pelo dirigente como ultrapassados para atletas profissionais no período atual. Mas também haverá saídas e chegadas de profissionais dos departamentos.

LEIA TAMBÉM:

“Nós também temos que fazer investimentos do ponto de vista humano. Nós temos que evoluir, aqui dentro do São Paulo, o que eu acho e o que eu vejo é que houve, em algum momento, uma acomodação meio geral. Parece que está tudo bem e não está tudo bem, é isso o que eu tenho dito para todo mundo. Não dá para todo mundo, no português claro, ficar encostado na parede como se o problema não fosse dele. Vamos todo mundo desencostar da parede, vamos todo mundo para o meio da sala, porque o problema é de todo mundo”, afirma.

Vamos fazer algumas alterações ao final desta temporada para o começo da próxima. Não é momento de fazer, mas também teremos alteração de pessoal, teremos alterações de estrutura. O São Paulo precisa evoluir, precisa se modernizar. Eu digo que quem está no São Paulo, estando aqui há 20 anos ou há 1 mês, tem que ter fome, tem que ter fome de conquista. Vamos conquistar? Aí é do esporte, mas o São Paulo tem que ter fome, tem que ter fome de melhorar a preparação física, a fisiologia, a fisioterapia, fome de melhorar tudo, o único jeito de a gente competir com as outras equipes é desta forma”, completa.

Carlos Belmonte também avalia os erros cometidos pela gestão Leco, antecessor do atual presidente Julio Casares. Na avaliação do diretor de futebol, o principal erro no período de Leco foi o gasto elevado com o futebol, com contratações muito caras e que não deram o resultado esperado.

“Eu acho que o principal erro, se assim podemos dizer, acho que o São Paulo gastou muito, principalmente no ano de 2019, e não gastou bem. Acho que o São Paulo fez diversas contratações, contratações caras, que acabaram aumentando naquele período o endividamento do clube e esse foi o principal problema”, diz Belmonte.

“Óbvio que quem contrata busca sempre melhorar, busca o título. O presidente Leco, na época o Raí, o Pássaro, óbvio que as contratações visavam conquistas, mas as conquistas não vieram. As contratações foram caras e isso acabou gerando uma dívida muito grande para o São Paulo, dívida essa que nós temos que agora buscar minimizar, diminuir, mas é uma dívida pesada para a instituição”, concluiu.

Leave your vote

Forgot password?

Enter your account data and we will send you a link to reset your password.

Your password reset link appears to be invalid or expired.

Log in

Privacy Policy

Add to Collection

No Collections

Here you'll find all collections you've created before.