Aidar de volta aos holofotes: cobrança de provas e acusações
Mesmo após a renúncia Aidar volta aos holofotes: agora cobrando provas e com acusações.
O ex-presidente do Tricolor em entrevista ao “Estadão” respondeu algumas perguntas ao jornal e diz que quer provas sobre o desvio de dinheiro do clube paulista que foi acusado antes de renunciar ao cargo, faz algumas acusações e cita também sobre ‘infidelidade’ da diretoria em sua gestão. Aidar também se mostra um pouco arrependido de ter voltado a diretoria depois de tantos anos (Aidar foi o presidente mais novo a comandar o clube, aos 36 anos, obteve dois mandatos: de 17/04/1984 à 16/04/1986, e 16/04/86 à 16/04/1988, ocupando também o cargo de diretor do departamento jurídico nos anos 70 e a presidência do conselho deliberativo em 1988).
“Eu acredito. Porque se ele não mostrar vai ficar complicado.” Diz ex-presidente sobre suposta gravação que Ataíde possuí em primeira entrevista dada 10 dias depois de sua renúncia ao cargo de presidente do clube. Sobre a suposta agressão Aidar diz que não aconteceu, só foi uma questão de nervos exaltados: “Nos reunimos segunda-feira e começou uma discussão sobre o caso Iago, expliquei sobre (que não sabia de nada sobre a contratação), aí o Ataíde ficou nervoso, começamos a bater boca e houve uma tentativa de agressão. Não houve soco mas faltou pouco.” conta.
Sobre o caso de Iago Maidana afirma que não sabe quem foi o responsável pela transferência do jogador e declara: “Sempre tinha antes a assinatura do futebol, do financeiro e do jurídico.” O caso é alvo de julgamento do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na próxima segunda-feira.
As acusações de Aidar seriam sobre influência de Abílio Diniz nas escalações e mudanças táticas no time durante os jogos: diz que Juan Carlos Osorio mentiu para ele e também de interferir nas escalações por meio de ligações para o auxiliar técnico Milton Cruz: “Quando assumi, proibi a comissão técnica de ir de celular para o banco de reservas.” e completa: “O Abílio ligava durante o jogo para colocar jogador e também telefonava para o Milton para mudar o estilo do jogo.” afirma Aidar na entrevista.
Aidar aproveita para pegar para si os méritos do perdão da dívida de R$18,3 milhões de comissão pelo contrato da Under Armour que a Far East Global receberia. Afirma ter convencido Jack Banafsheha e conta sobre uma troca de e-mails com o americano em português.
Ao final Carlos Miguel Aidar fecha a entrevista respondendo uma pergunta sobre se ele continuaria na política do clube: “O São Paulo Futebol Clube é uma página virada na minha vida, vou continuar como torcedor como sempre fui. Chega.”