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Em entrevista, Leco admite possibilidade de Ceni retornar como técnico no futuro, mas protege Ricardo Gomes.
Em entrevista exclusiva ao portal Lance! o presidente Leco falou sobre a possibilidade de Rogério Ceni iniciar sua carreira de técnico no futuro e iniciar pelo clube de coração do M1TO, mas ainda dá crédito para seguir com Ricardo Gomes em 2017.
Lembrando que Ceni está realizando um curso na Inglaterra da FA para uma certificação de treinador e nessa semana afirmou que sonha em um dia treinar o São Paulo. Leia o que disse o presidente:

Em que ponto, o Rogério Ceni querer ser treinador e já ter falado sobre isso com o senhor, faz essa dinâmica mudar?
Quem contou que eu falei com ele (risos)?
Foi há dois meses, sobre os anseios e planos dele. Como isso se encaixa nessa dinâmica?
O Rogério tem pretensão de ser técnico do São Paulo e certamente será. Está se preparando para isso. É uma pessoa obstinada, disciplinada e tem como meta ser treinador, e do São Paulo. Não sei se talvez devesse flexibilizar um pouco isso, mas é de cada um. Não tem compromisso, tem perspectiva e uma vontade dele. Vai acabar acontecendo, mas não sei dizer quando.
Quando o Marco Aurélio Cunha foi chamado, disse que não dava para dizer não. Lugano falou o mesmo. São coisas que fogem do mecanismo comum do futebol graças às relações que eles construíram com a torcida. Se o Rogério disser que quer ser treinador não te faz analisar diferente?
Sempre vou analisar diferente quando o assunto for ele. Não é chamado de Mito? Tem significado e expressão nesta instituição. E tudo está sendo olhado. Essas coisas não passam desapercebidas. Estamos cuidando para acontecer em um bom momento.
Quando seria esse bom momento? Em 2017?
Não tenho certeza se é, mas pode ser. Vamos esperar os acontecimentos até o fim do ano.
E gostou do que ouviu? Quais impressões?
Tem um monte de coisa positiva, um monte, e sendo assim, é bom. Ele é bem aceito na comunidade, conhece futebol, o São Paulo, então a perspectiva é que seja bom o trabalho dele. Pode até não dar certo, pode haver infortúnio, mas é uma coisa que a gente tem que contar. Pelos imponderáveis do futebol. Pode ser que dure seis meses ou seis anos. Que dure seis anos!
Só seis?

Sessenta!
É que quando se trata de Rogério Ceni pensamos em algo longevo…
É que a cultura brasileira é diferente.
Mas essa cultura faz você ponderar?
Evidente.
E ele?
Está implícito. E aqui dentro você não ouve nenhuma opinião contrária, mas algumas dizendo que é cedo, precisa de preparação maior. E tem gente que fala que tem que ser agora. Eu não sei! Não sei! Como posso ter certeza? Tem um aspecto na história, que é o fato dele ir trabalhar com o grupo onde jogou. Não sei o quanto isso influencia. Tudo é possível.
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Seu zelo é compreensível por se tratar de Rogério Ceni e por ter um treinador, mas…
Sim, são dois aspectos. Não posso desestabilizar meu técnico. E desestabilizar um funcionário é perdê-lo, é demiti-lo. Segundo, Ricardo não merece isso. Ele é dedicado, sério, competente…
Na situação atual, com momentos difíceis de analisar, o ideal não seria ter os dois em janeiro?
É uma perspectiva que não pensei, mas até pode. Precisa apenas ver se temos dinheiro para isso.
