Raí explica negociação de redução salarial com os jogadores
Diretor executivo de futebol explicou como está a negociação salarial com os jogadores do elenco em meio à pandemia do coronavírus
Raí citou bom senso e afirmou que o São Paulo fez uma proposta dentro do possível. Ele afirmou esperar compreensão de que os jogadores não perderiam valores, mas o clube precisaria de um prazo para pagar.
“Conversamos com jogadores. Não é fácil. É uma coisa nova. Envolve dinheiro, negociação e é algo incerto. Ninguém sabe quanto tempo vai durar ou ficar parado. Negociação coletiva nunca é fácil. Mas foi uma conversa sempre contando com bom senso e uma conversa aberta. Tentamos colocar para os jogadores que o que vamos tentar fazer é o viável no momento. O que é possível para o clube e que eles compreendam que, na medida do possível, fizemos uma proposta, dentro do possível, para que eles não percam nada mas que tenhamos um prazo. Foi colocado e tentando explicar “, disse.
A proposta do São Paulo é de cortar 50% dos valores na CLT neste primeiro momento, e depois, quando o futebol retornar, e o clube tiver recebendo receita, reembolsar os jogadores em seis parcelas e congelar o pagamento dos direitos de imagem. O clube também diz garantir um mínimo de R$ 50 mil mensais.
A maior parte dos jogadores não aceitou o acordo. Alguns jogadores entendem que a diretoria tenta incluir no acordo dívidas antigas que mantêm com os atletas. Esse jogadores querem primeiro receber os valores atrasados, para então discutir acordo relativo a pagamentos futuros. Mas o São Paulo vai cortar os salários, segundo informou o “Blog do PVC”, mesmo sem acordo.
“Obviamente precisa de um tempo para tudo isso ser digerido. A cada semana se apresenta uma realidade diferente. O Trump saiu de duas semanas atrás falando de economia e agora fechou o país até o final de abril. É muita coisa nova. São desafios nesse acordo que vamos buscar no curto prazo. Não tenho dúvida nenhuma que vamos voltar com tudo no mesmo astral em que estávamos”, falou.
O dirigente disse não acreditar que o São Paulo vai perder o embalo com a paralisação do futebol. Ele também mencionou o impacto financeiro imediato nas contas do clube por causa em meio à crise.
“Agora demos férias por 20 dias, então está um pouco mais relaxado, mas tivemos a preocupação de não deixar dispersar esse momento muito bom que estamos vivendo. Tem também o desafio da negociação dessa nova realidade econômica que se impõe a curto prazo. O São Paulo, por exemplo, em uma semana teve o jogo do Santos, a cota da Libertadores, renda do River Plate, dinheiro que o Barcelona devia, mais de R$ 5,5 milhões e não pagou (pela opção de compra do atacante Gustavo Maia). Então teve uma série de problemas que não envolvem só jogadores, mas todos funcionários que ganham infinitamente menos do que atletas e precisamos equacionar”, afirmou.
Os dirigentes e o presidente Leco também terão redução salarial por conta da pandemia.
Foto: Divulgação
Fonte: Globoesporte.com