Raí sai ou fica? Veja pontos a favor e contra o dirigente

Os argumentos a favor de Raí são:

1. O São Paulo parou de brigar contra o rebaixamento do Brasileirão. Em 2016, o time terminou em 10º lugar, e em 2017 foi o 13º colocado. Agora, tem disputado posições no topo da tabela. Em 2018, o Tricolor liderou o primeiro turno e terminou em quinto. Em 2019, está na quinta colocação;

2. O clube voltou a disputar uma final de campeonato após mais de seis anos, ao perder a decisão do Paulista para o Corinthians – até então a última final era a Sul-Americana de 2012, justamente o título mais recente;

3. Apesar dos fracassos e protestos da torcida, o trabalho de Raí é bem avaliado;

4. Depois da demissão de Rogério Ceni do cargo de técnico, em 2017, a saída de mais um ídolo do clube na gestão Leco desgastaria ainda mais a imagem do presidente perante os torcedores;

Os argumentos contra o executivo são:

1. A demissão do técnico Diego Aguirre a cinco rodadas para o fim do Brasileirão de 2018. No comando do uruguaio, o São Paulo chegou a liderar a competição, mas caiu de rendimento na reta final. Na ocasião, a diretoria disse ter trocado de técnico para tentar buscar uma vaga no G-4, mas não conseguiu. A decisão foi apontada como “questionadíssima” pelo próprio Raí, em entrevista à “Fox”, e a avaliação interna é de que foi um erro. No último dia 11 a demissão completou um ano;

2. O São Paulo teve quatro treinadores em 2019: André Jardine (até fevereiro), Vagner Mancini (interino entre a saída de Jardine e a chegada de Cuca), Cuca (de abril a setembro) e Fernando Diniz (de setembro até hoje);

3. O clube investiu em contratações, mas não teve resultados: Daniel Alves, Pablo, Pato, Hernanes, Juanfran, Tchê Tchê, Tiago Volpi e Vitor Bueno, entre outros;

4. As eliminações precoces. O time caiu na segunda fase da Libertadores, para o Talleres, e nas oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Bahia, e conviveu com diversos protestos, principalmente das torcidas organizadas. As quedas ocorreram logo na entrada do São Paulo nas competições, o que também prejudicou o orçamento financeiro do clube. A projeção era ir mais longe nos dois torneios de mata-mata, o que geraria mais receitas com premiações e bilheteria. O clube registrou déficit de R$ 76,5 milhões de janeiro a agosto, motivo pelo qual a diretoria reforça a necessidade de vender jogadores.

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