Mauro Beting: “Quero de volta um rival”
Famoso palmeirense, Mauro Beting deixa rivalidade de lado e faz análise sensata do São Paulo
Pintado arrumou a casa do Azulão que perigava e se classificou. Apostou na velocidade que o São Paulo esqueceu que é necessária e mereceu vencer um jogo medíocre tecnicamente. Mas vencido pelo time mais organizado, atento e ágil contra um dos piores Tricolores dos últimos meses. Os piores da história que aprendi a duras penas a respeitar e admirar.
Cresci com a Segunda Academia do meu time ganhando mas também parando no São Paulo. Vi o vice da Libertadores em 1974. A grande campanha do SP-75. O campeão brasileiro de 1977. O bi estadual de 1980-81. Os Menudos campões de 1985, 86 e 87. Paulista de 89. Os tantos troféus de Telê de 1991 a 1994 – com título internacional com os reservas dos reservas de Muricy, e ainda o bibi continental e mundial. Paulistas em 1998 e 2000. Rio-São Paulo de 2001. Paulista de 2005. Ano do tritri de tudo.
Antecipando o tri brasileiro de 2006 a 2008 . O 6-3-3 que acabaria perpetuando 171s no Morumbi. Teve ainda a Sul-Americana em 2012. E desde então só dá raiva. Não taça.
Palavra de quem é rival. Está dando raiva. Foi assim no Allianz Parque. Foi assado no calor do Campanella. Partida pavorosa. Escolha infeliz do estreante Aguirre ao apostar na criação lenta e entregue. Com Brenner disponível, não era o ataque. Não foi o meio-campo ideal com tantos passes errados. Não foi a defesa. Nem foi de novo Jean o goleiro que se viu no Bahia. No São Paulo que não se vê.
+ Diego Souza, Nenê e Cueva mostram números abaixo do esperado quando atuam juntos. Confira!
Pode até se classificar ainda. Mas não pode ser só isso. Claro que acaba de chegar o enésimo treinador diferente. Vamos com calma. Mas se até rival perde a paciência com isso pouco aí, imagino o torcedor que menos sofreu entre os grandes brasileiros desde os anos 1970.
Eu quero de volta um rival de volta não para me irritar e nem dar dó.