Cícero: “…O mais importante é o São Paulo vencer”
Re-apresentado, o polivalente Cícero “ganha” o número 8 e já prega jogo coletivo: “Quero jogar coletivamente, o individual acontece naturalmente”
O polivalente Cícero, de 32 anos, foi apresentado na última segunda-feira, e se mostrou muito confiante e feliz para essa nova etapa da carreira. Cícero vestirá o número 8, que foi de Daniel, em 2016.
O polivalente se mostrou sedento por títulos, e falou sobre duas motivações para alimentar essa sede. A primeira é sua meta como profissional: Ganhar ao menos um título por ano. E a segunda é o jejum de títulos do São Paulo. O último foi em 2012, quando o próprio Cícero fazia parte do elenco vitorioso da Sul-Americana.
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CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA DE CÍCERO:
O RETORNO
– É um prazer enorme vestir essa camisa de novo. Nas férias, quando soube do interesse, fiquei motivado. Estava pensando que participei do último título do São Paulo. Este ano vai brigar lá em cima, forte, e tenho desejo de levantar um troféu para minha carreira, e o clube está precisando.
CENI COMO TÉCNICO AJUDOU
– Quando surgiu essa notícia, deixei tudo acontecer. Tinha contrato com o clube, que quis me liberar. Fiquei tranquilo, porque vi o São Paulo muito forte. Quando recebi a ligação do Rogério e do São Paulo, me motivei. O time vem forte neste ano. É um momento importante. Ele sempre foi líder dentro de campo, agora passa as ideias fora e será ainda mais. Muito grato de participar desse novo desafio do Rogério.
– E por que não conseguir ser vitorioso? Estou muito motivado. A confiança é criada dentro de campo. Vim para somar e ajudar. O Rogério sabe que vou ajudar como ele precisar, o mais importante é o São Paulo vencer. São quatro anos desde o título da Sul-Americana. O São Paulo é muito grande para isso. Saí do conforto do Rio de Janeiro, minha esposa é de lá. Mas jogador não pode ficar em zona de conforto. Tenho desafios, quero sempre ganhar títulos a cada ano.
TREINOS COMPETITIVOS
– Sangue no olho tem que ter. Ninguém entra para perder, do contrário não estaria em um clube de futebol. A mescla é importante. Tem muitos meninos bom de bola aqui e vários jogadores de qualidade. Essa foi uma das razões para eu fechar. Junto com Rogério tem de dar liga dentro de campo. Vamos trabalhar para isso.
JOGA DE IGUAL PARA IGUAL
– Ano passado eu via o São Paulo como uma força do futebol. Olhava no papel que se não fosse o melhor, era um dos melhores do Brasil. Desde o ano passado era um time muito forte e com qualidade. Permaneceu neste ano. Espero que a história seja diferente.
VOLANTE OFENSIVO?
– Nunca prometo que farei tantos gols. Tudo acontece naturalmente. A cada jogo é uma situação. Quero jogar coletivamente. O individual acontece naturalmente. Quando joga mais liberado, chega mais na área. Quando fica mais preso, ajuda na saída de bola. Mas tem bola parada também. Depende da situação de jogo. O mais importante é o time vencer.
JOGO CONTRA O RIVER PLATE
– É bom. Cada jogador não está na forma ideal. Eu mesmo estou readquirindo aos poucos. Mas com a bola rolando o torcedor quer ver resultado. A pré-temporada serve para pegar ritmo. É um torneio com grandes clubes e nos deixa mais preparados.
CAMPO REDUZIDO
– Cria uma intensidade muito grande. É isso que o jogador usa muito durante o jogo. O atleta gosta. Costuma ser mais intenso e pegado. Você fica mais perto dos atletas e duela pela bola.
CONVERSA COM CENI
– O Rogério na linha de raciocínio dele fala o que quer para o time. Ele liga para ver se você se adequa no que quer. A ligação dele com o São Paulo é indiscutível. É um mito. Vou ser sincero: estou muito feliz com esse novo desafio dele. É um cara vitorioso, e por que não ser vitorioso como treinador também? Imagina no fim do ano todos se abraçando com títulos? É uma satisfação enorme. Vai juntar o útil ao agradável. Somos muito abaixo do que ele representa.
POSICIONAMENTO
– Meia armador eu nunca fui. Se precisar que eu faça, eu faço, como também faço outras funções. Venho me firmando como volante há dois anos. Vai ser conversado, porque o time precisa de encaixe. A posição só o tempo vai dizer. O importante é o time ter uma identidade. Tenho preferência por jogar como volante, é a posição onde me destaco.
PRIMEIRA PASSAGEM
– Na época, saí por questões contratuais. Pessoas de dentro do São Paulo falavam para eu não sair, houve interesse de outro clube. Jogador pensa em desafios e não pode viver na zona de conforto. Saí para algo melhor para mim individualmente, e retorno agora muito feliz. Não foi por questão de rendimento. Se não me engano fiz 16 gols em 92 partidas. Nas ruas, até em outros clubes, o torcedor mostrava carinho, dizia que eu fui injustiçado. Agora é outro momento. Passaram cinco anos e muda muita coisa na vida.