Hoje, se estivesse vivo, o Mestre Telê completaria 92 anos. Ele pode não estar aqui fisicamente, mas em nossa memória e em nosso coração estará para sempre!

Telê Santana da Silva nasceu no 26 de julho de 1931 em Itabirito, Belo Horizonte e faleceu em 21 de abril de 2006. O mestre foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro.

CONHEÇA MAIS SOBRE SUA BRILHANTE CARREIRA:

COMO JOGADOR

Telê iniciou sua vida professional no Fluminense, seu time de coração e onde ganhou o apelido de FIO DE ESPERANÇA. Lá fez 557 partidas, anotando 165 gols e terminou a carreira como jogador no Vasco da Gama, onde jogou entre 1962 e 1963.

Telê conquistou como jogador os seguintes títulos, entre os mais importantes: Campeonato Carioca de 1951 e 1959; Torneio Rio-São Paulo de 1957 e 1960; e a Copa Rio de 1952.

COMO TREINADOR

Telê iniciou suas atividades como treinador justamente no Fluminense em 1969, ficando apenas até o ano seguinte, depois passou por Atlético Mineiro, São Paulo, Botafogo, Grêmio, Palmeiras, Fluminense e seleção Brasileira.

Como treinador, iniciou sua carreira em 1967, nas categorias de base do Fluminense, passando a treinar os profissionais em 1969, conquistando o Campeonato Carioca daquele ano. No Atlético Mineiro, foi Campeão Estadual em 1970 e deu ao Galo o 1º Título de Campeão Brasileiro, em 1971.

No Fluminense, Telê também brigou pelos direitos de seus jogadores, que eram obrigados a entrar e sair do clube pela porta dos fundos. Depois de uma reunião à noite com dirigentes, pediu que abrissem a porta dos fundos para ele. Responderam que ele não era jogador e podia sair pela entrada social, mas Telê recusou-se e pulou o muro, porque não achou ninguém para abrir a porta dos fundos.

Dirigiu a Seleção Brasileira em 1980 e classificou o Brasil para a Copa do Mundo da Espanha, em 1982. Este time, considerado uma das melhores equipes de todos os tempos, repleto de craques, encantou o mundo com seu futebol ofensivo, até tropeçar contra a Itália e ser desclassificado.

Em 1983 foi para Arábia Saudita, onde ficou até maio de 1985, sendo campeão do “Campeonato Árabe”, da “Copa do Rei” e da “Copa do Golfo”.

Antes do início da Copa de 1986, no México, foi convidado outra vez a dirigir a seleção, como salvador da pátria, para as eliminatórias. Classificou-a novamente, mas na Copa, mesmo sem perder (invicto), fazendo 10 gols e tomando apenas 1, sendo considerada a melhor equipe da competição pelos votos dos jornalistas, caiu na disputa de pênaltis diante da França, nas quartas-de-final. Os inimigos do futebol bem jogado e amantes do futebol-força, tentaram rotulá-lo de “pé-frio”.

Quando chegou ao Tricolor Paulista em 90, Telé sofreu, mas por pouco tempo, pois em 1991 começou a saga deconquistador de grandest ítulos. Foram campeonatos estaduais, nacionais, continentais e mundiais. Merecidamente chamado de MESTRE.

Infelizmente, em 1996, o futebol brasileiro viu o afastamento deste grande profissional dos campos: uma isquemia cerebral o acometeu e deixou o SPFC. Um tempo depois, chegou a assinar com o Palmeiras como diretor-técnico, mas não assumiu. Retirou-se da cena do futebol para cuidar da sua saúde e até hoje deixa saudades a todos os torcedores que ainda gritam o seu nome.

Em 2006, foi internado às pressas com uma grave infecção abdominal. No dia 21 de abril daquele ano, o Fio de Esperança não resistiu e faleceu em Belo Horizonte aos 74 anos. Com muita tristeza, os amantes do futebol se despediam daquele que foi um dos maiores treinadores do futebol mundial e sempre lembrado como o maior do Brasil.

Telê não armava times em função do adversário. Ele se importava apenas com o seu time, com foco no simples e no puro futebol. Ídolo por onde passou, Telê tem até hoje seu nome gritado pela torcida do São Paulo após as grandes conquistas do clube, em especial no período entre 2005 e 2008, quando o tricolor faturou a América, o Mundo e o Brasil. Fio de esperança, fã da arte, Mestre. Telê foi e será para sempre um técnico imortal.

Números de destaque:

  • Comandou o São Paulo em 410 jogos, vencendo 197, empatando 122 e perdendo apenas 91.
  • É o recordista em jogos no comando do Atlético Mineiro: 434 partidas, com 235 vitórias, 122 empates e apenas 77 derrotas.

Curiosidades:

  • Telê tinha a mania de mascar palitos de dente durante os jogos para aliviar a tensão. Anos depois, ele substituiu as madeirinhas por gomas de mascar.
  • Contando torneios internacionais e nacionais, Telê Santana conquistou 22 taças em seu período no São Paulo. Recorde absoluto.
  • Certa vez, Telê estava com um novato Cafu treinando cruzamentos no CT do São Paulo. O lateral era péssimo nos chutes. Já era bem tarde quando Cafu retrucou o comandante dizendo “se é fácil, faz você!”. Foi então que Telê (ponta-direita dos bons nos anos 50) pediu para Cafu ir para a área que ele ia mostrar como se faz um cruzamento. Telê bateu na cabeça de Cafu, que pouco se esforçou para marcar o gol. O lateral saiu de campo louco da vida, para a alegria e risadas dos presentes ao seu redor. Aquilo, no entanto, foi um gesto que o futuro capitão do penta seria grato eternamente ao Mestre Telê.

Em 2004 o São Paulo fez uma homenagem, na partida contra o Santa Cruz. Os jogadores entraram em campo com os dizeres: Telê Eterno nas costas das camisetas.

Títulos como jogador

1950 – Campeão Carioca Juvenil (Fluminense)
1951 – Campeão Carioca (Fluminense)
1952 – Campeão da Copa Rio (Mundial de Clubes – Fluminense)
1957 – Campeão do Rio – São Paulo (Fluminense)
1959 – Campeão Carioca (Fluminense)
1960 – Campeão do “Roberto Gomes Pedrosa” Rio – São Paulo (Fluminense)

Títulos como treinador

1967 – Carioca Juvenil (Fluminense)
1968 – Carioca Júnior (Fluminense)
1969 – Taça Guanabara (Fluminense)
1969 – Carioca (Fluminense)
1970 – Mineiro (Atlético)
1971 – Brasileiro (Atlético)
1977 – Gaúcho (Grêmio)
1983 – Árabe (Al Ahli)
1984 – “Copa do Rei” (Al Ahli)
1985 – “Copa do Golfo” (Al Ahli)
1988 – Mineiro (Atlético)
1989 – Taça Guanabara (Flamengo)
1991 – Paulista (SPFC)
1991 – Brasileiro (SPFC)
1991 – Troféu Cidade de Barcelona (SPFC)
1992 – Paulista (SPFC)
1992 – Taça Libertadores da América (SPFC)
1992 – Mundial de Clubes – Copa Toyota (SPFC)
1992 – Taça Cidade de Barcelona – Espanha (SPFC)
1992 – “Ramon de Carranza” – Espanha (SPFC)
1992 – “Tereza Herrera” – Espanha (SPFC)
1993 – Troféu Cidade de Santiago – Chile (SPFC)
1993 – Taça Libertadores da América (SPFC)
1993 – Supercopa Libertadores (SPFC)
1993 – Recopa Sul-Americana (SPFC)
1993 – Torneio Santiago de Compostela – Espanha (SPFC)
1993 – Torneio Jalisco – México (SPFC)
1993 – Torneio Cidade de Los Angeles – EUA (SPFC)
1993 – Mundial de Clubes –  (SPFC)
1994 – Taça San Lorenzo de Almagro – Argentina (SPFC)
1994 – Recopa Sul-Americana (SPFC)
1994 – Conmebol (SPFC)
1995 – Torneio “Rei Dadá” (SPFC)
1995 – Copa de Clubes Brasileiros Campeões Mundiais (SPFC)

Foto: Divulgação

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