O São Paulo foi à Bragança em busca de mais três pontos contra o bom e bem armado Red Bull Bragantino. Jogou bem parte da partida, mas depois da metade do primeiro tempo, ainda que tivera oportunidades de gols, foi decaindo gradativamente até terminar a partida sem articular, sem criar, num bumba-meu-boi danado, principalmente pelo fato de Rogério Ceni mexer muito mal na equipe, matando o meio e, consequentemente, o ataque, que ficou no deserto.
Até os 19 minutos do primeiro tempo, o São Paulo entrou com intensidade, marcando em cima, fechando meio, articulando jogada, fazendo triangulações, lembrando a pegada que foi contra o Corinthians, no entanto, aos 20, o lance-chave da partida: Igor Gomes encontrou Luciano na área, que dividiu com o goleiro Cleiton, a bola sobra quicando, Pablo antecipa Luciano e conseguiu chutar por cima, com o gol de 7 metros e tanto escancarado na frente dele. Surreal.
Aos 47 da primeira etapa, Pablo ajeitou para Gabriel Sara, que tocou para o gol, mas Luan Cândido salvou em cima da linha. É fato que o Tricolor poderia ter virado o tempo à frente do placar, não fosse o gol mais perdido do ano por Pablo e duas chances claras de gols evitadas pelo RB Bragantino.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com Igor Vinícius no lugar de Orejuela, tarefa complicada para apontar qual foi o pior na lateral direita.
Mas não deu nem tempo direito para a equipe aquecer, logo aos 11, escanteio para o Bragantino, Luan Cândido subiu um andar a mais que Miranda, que falhou, e a bola foi indefensável para Volpi.
Se o placar adverso já era ruim, Rogério Ceni conseguiu piorar a situação. Sacou Nestor para a entrada de Vitor Bueno, morto em campo que, mesmo assim, ainda teve uma chance de gol, não fosse o goleiro. Também colocou no Marquinhos, que é bom, no lugar de Pablo, que nem deveria ter entrado em campo.
Aos 25/2T, já com um São Paulo como um leão desdentado, andando lado para o outro na jaula que o Bragantino montou, Ceni sacou Luciano para a entrada de Benítez.
Com o time desconfigurado, principalmente o meio, que deu estabilidade à equipe frente ao Ceará e o Corinthians, o São Paulo não criava mais, não triangulava, Igor Gomes (que apareceu bem no início do jogo) sumiu em campo e Benítez tentou alguma coisa no meio do bolo sem fermento que se tornou o SPFC.
Aos 39/2T, com o São Paulo na base do desespero, Ceni tirou Liziero e colocou Éder que, com poucos minutos, praticamente nem relou na bola.
Errar faz parte do jogo, e da vida, mas o gol perdido por Pablo, aos 20 minutos do primeiro tempo foi uma aberração para um centroavante. Gol que poderia ter mudado completamente o cenário da partida.
Ceni também escalou e mexeu mal. Poderia ter começado a partida com Benítez ao lado de Igor Gomes e Sara, talvez também escalado Gabriel no lugar de Nestor, mas sem dúvida, a ausência do meio argentino foi maior.
O São Paulo voltou a repetir os mesmos erros de quando era um time desequilibrado, sem meio, sem poder ofensivo, ficando muitas vezes uma equipe bagunçada em campo. Com a derrota, ressalto, poderia ter sido vitória, não fosse o gol de Pablo, estaciona com 34 pontos… Agora tem o forte Inter pela frente.