NOSTALGIA TRICOLOR – Cruzeiro 2 x 2 São Paulo
O Nostalgia Tricolor desta semana é do mítico jogo entre Cruzeiro e São Paulo; Na ocasião Rogério Ceni se tornou o maior goleiro artilheiro da história
Fala nação São-Paulina, o “NOSTALGIA TRICOLOR” de hoje é do jogão entre Cruzeiro e São Paulo. Naquele confronto brilhou a estrela do nosso eterno capitão, Rogério Ceni. O goleiro tricolor defendeu uma penalidade e anotou outros dois gols para o São Paulo.
Naquela ocasião, em 2006, Rogério Ceni ultrapassou o arqueiro Paraguaio Chilavert, e se tornou o maior goleiro artilheiro da história do futebol.
RECORDAR É VIVER!
O JOGO
Cruzeiro e São Paulo iniciaram a partida imprimindo grande velocidade. Obrigado a vencer para acabar com a crise no clube, os donos da casa partiram para o ataque, utilizando o lado esquerdo do seu ataque e explorando as costas do ala Souza. Em apenas 1min, o time mineiro já havia conseguido um escanteio e uma falta sobre Wagner, naquele setor.
O ritmo era intenso, dos dois lados. Aos 2min, Leandro recebeu livre na esquerda e cruzou, com perigo, sem que algum atacante tricolor conseguisse completar. O Cruzeiro tomava a iniciativa, mas o São Paulo em seus contra-ataques levava perigo ao gol adversário. Foi assim, por exemplo, que Aloísio, de cabeça, obrigou Fábio a fazer sua primeira grande defesa.
E como a bola não parava nesses minutos iniciais, o Cruzeiro encaixou um contra-ataque, após a defesa de Fábio e chegou ao seu gol. Wagner tocou a bola na esquerda Para o ala improvisado Francismar, que avançou e bateu cruzado, levando sorte pois a bola desviou em Alex Silva e enganou o goleiro Rogério Ceni. O São Paulo acusou o golpe e foi dominado nos minutos seguintes.
Aos poucos, no entanto, o Tricolor foi se achando em campo e voltou a ameaçar o gol cruzeirense. Aos 13min, Rogério Ceni cobrou falta de Élson em Danilo. A bola passou por cima do travessão, mas com perigo. Aos 18min, Josué recebeu a bola com liberdade na área celeste e bateu forte, obrigando Fábio a fazer outra grande defesa. Sete minutos depois, foi a vez de Lúcio chutar, mas a bola desviou na zaga da Raposa.
Até os 30min, o time paulista já havia finalizado nove vezes, contra apenas quatro do Cruzeiro. Mas a bola do Tricolor não entrava e, na base do velho ditado “quem não faz leva”, o Cruzeiro chegou ao seu gol, aos 34min, quando Wagner, que já destacava, deixou Michel livre para marcar. O lateral-direito tocou, Ceni ainda defendeu parcialmente, mas ele completou para as redes. Pouco antes, Alecsandro havia desperdiçado ótima chance.
Com a vantagem de 2 x 0, o Cruzeiro voltou a dar as cartas na partida, beneficiando-se da grande atuação do meia Wagner, que esteve servindo à Seleção Brasileira. O camisa 10 celeste fez grande jogada individual e sofreu pênalti de Josué. Depois de muita reclamação dos sãopaulinos, Wagner cobrou, mas a estrela de Rogério Ceni começou a brilhar de novo e ele defendeu a penalidade.
Se impediu o terceiro gol celeste, três minutos depois, Rogério Ceni marcou o primeiro para o São Paulo, em perfeita cobrança de falta. Com esse gol, o camisa 1 do Tricolor entrou para a história, por ser o de número 63 da sua carreira, ultrapassando o paraguaio Chilavert, como o maior goleiro artilheiro do futebol mundial. Aos 44min, Ceni ainda salvou mais uma vez o seu time, ao defender cabeçada de Luizão.
“É uma marca bacana , pena que o placar esteja dois para o adversário e só um para a gente, vamos tentar mudar isso no segundo tempo”, afirmou Rogério Ceni, após o término do prime4iro tempo. O goleiro celeste Fábio, que também teve boa atuação, disse que jogo contra o líder do Brasileiro é sempre difícil. “Temos de fazer os gols quando tivermos a oportunidade, para dar mais tranqüilidade ali atrás”, salientou o camisa 1 celeste.
Os dois times voltaram com as mesmas formações para o segundo tempo, que começou um pouco mais cadenciado em relação à etapa anterior. O time celeste errava muitos passes, enquanto São Paulo demonstrava maior tranqüilidade, tocando a bola, à espera da chance de criar jogadas ofensivas contra o gol celeste. Aos 7min, por exemplo, Leandro cabeceou com perigo.
O Cruzeiro voltou muito recuado e a pressão era toda do Tricolor. Aos 8min, Rogério Ceni teve outra oportunidade de cobrança de pênalti, mas errou o alvo, colocando por cima do travessão cruzeirense. O domínio seguia todo para o Tricolor. Aos 13min, o técnico Muricy Ramalho colocou em campo o atacante Thiago no lugar do ala Souza, para tornar o time ainda mais ofensivo.
A vontade de empatar demonstrada pelo São Paulo foi logo recompensada. Aos 14min, Luizão fez pênalti em Aloísio, convertido por Rogério Ceni, no minuto seguinte, transformando-se no nome do jogo e chegando ao gol de número 64 em toda a sua carreira e o quarto no Brasileiro. Após o empate, o Cruzeiro tentou se soltar e Alecsandro, aos 17min, desperdiçou boa chance.
Aos 25min, Rogério Ceni fez boa defesa em chute de Kerlon, impedindo o desempate celeste. Aos 33min, Élber chegou a colocar a bola nas redes, mas o lance foi anulado, por impedimento do atacante cruzeirense. No final da partida, o São Paulo passou a administrar o resultado, demonstrando estar satisfeito com o empate.O jogo terminou emocionante. Aos 46min, Fábio duas vezes e Michel, salvaram o gol do Tricolor e Francismar ainda desperdiçou outra oportunidade.
MELHORES MOMENTOS
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2 X 2 SÃO PAULO
Cruzeiro
Fábio; Edu Dracena, Luizão e Gladstone (Júlio César); Michel, Élson, Sandro, Wagner e Francismar; Alecsandro (Élber) e Geovanni (Kerlon)
Técnico: Oswaldo de Oliveira
São Paulo
Rogério Ceni; Fabão, Alex Silva e Edcarlos; Souza (Thiago), Mineiro, Josué, Danilo e Lúcio; Leandro (Ilsinho) e Aloísio (Alex Dias)
Técnico: Muricy Ramalho
Data: 20/8/2006 (domingo)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Público: 12.557 pagantes
Renda: R$ 144.182,50
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS/Fifa)
Assistentes: José Javel Silveira e Marcelo Bertanha Barison (RS)
Cartões amarelos: Mineiro, Edcarlos, Leandro (São Paulo); Michel, Kerlon (Cruzeiro)
Gols: Alex Silva (contra), aos 7min, Michel, aos 35min, Rogério Ceni, aos 42min do primeiro tempo; Rogério Ceni, aos 15min do segundo tempo