Milton Cruz fala de Leco
O ex-auxiliar técnico do São Paulo, que ficou no clube por mais 22 anos, explica que Leco o demitiu por conta de ciúmes da sua influência no Tricolor
Milton Cruz durante um programa de televisão falou sobre a sua demissão do São Paulo. O ex-auxiliar técnico da comissão fixa do clube estava no Tricolor a mais de 22 anos e segundo ele, o ciúme do presidente Leco o fez ser demitido.
“O Leco foi uma pessoa que me prejudicou no clube por ciúme, porque eu tinha uma amizade muito grande com o Abílio Diniz. Para mim o Leco é uma pessoa indiferente”, disse.
“As pessoas no clube confiavam em mim, e isso causou um ciúme muito grande no Leco. O Juvenal sempre falava: ‘É o Milton que entende de jogador‘. O Leco me prejudicou me tirando, mas tudo bem, vida que segue. Mas eu fiquei sentido pela forma como fui tirado”, ressaltou.
“Ninguém tinha coragem de falar comigo. Um dia o Luiz Cunha [então diretor de futebol] me chamou. E ele ficou só me elogiando, pensei que iria ganhar um aumento, mas ele acabou falando que ia fazer uma reformulação e que eu não estava nos planos”, explicou.
Como técnico interino do São Paulo, Milton obteve 23 vitórias, sete empates e 13 derrotas em 43 jogos. Como jogador, foram 55 jogos, com 28 triunfos, 17 empates, 10 reveses e 27 gols. Ele assegura que sua influência no Tricolor incomodava Leco, que o demitiu quatro meses depois de assumir a presidência do clube.
Após sair do São Paulo, Milton Cruz iniciou sua carreira de técnico em 2017, quando assumiu o Náutico. No ano seguinte, foi campeão pela primeira vez como treinador ao levar o Figueirense ao título do Campeonato Catarinense. E mais recentemente estava no Sport, clube no qual trabalhou por apenas sete partidas. Com quatro vitórias e três derrotas, foi demitido após a eliminação para a Tombense na Copa do Brasil.
Questionado se um dia voltaria ao São Paulo, Milton foi enfático:
“Lógico, não fechei as portas. As portas do São Paulo estão abertas para mim. Não saí brigado com ninguém, tirando o Leco. Tenho grandes amigos lá, padrinhos de casamento. Se houvesse o convite, não teria problema nenhum”, concluiu.
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