Entrevista com Murilo Becker, reforço do Tricolor no basquete

Conversamos com Murilo Becker, reforço de peso do Tricolor no basquete para a temporada da NBB

Conversamos com Murilo Becker, reforço de peso do Tricolor no basquete para a temporada da NBB

O São Paulo contratou Murilo Becker, de 36 anos, considerado o melhor jogador do NBB de 2011/2012, atuando pelo São José. O pivô estava no Liga Sorocabana e tem passagens por Vasco, Vitória, Bauru, Botafogo e seleção brasileira. Ele assinou com o São Paulo para a disputa do NBB e será peça importante na nossa luta por um título.

Conversamos com ele sobre começo de carreira, aposentadoria, pressão para conquistar o NBB e muito mais, confira: 

PORQUE A DECISÃO DE DEIXAR O FUTEBOL, ONDE ERA GOLEIRO PELO BASQUETE

Eu tinha o sonho de ser goleiro, fazia parte da escolinha do Grêmio. Eu fazia os dois, futebol e basquete, além de estudar, então por razão de logística, devido ao local do treinamento ser longe, eu acabei optando só pelo basquete e também porque meu irmão jogava e eu o acompanhava. Quando eu comecei no basquete eu não tinha aquele sonho de ser atleta, mas sempre fui muito competitivo. As coisas aconteceram muito rápido na minha vida. No meu segundo ano de basquete, eu treinava das 14h as 22h em várias categorias, acho que por isso eu virei atleta e sou até hoje um apaixonado pelo o esporte. 

COMO FOI À VOLTA AS QUADRAS APÓS COGITAR SE APOSENTAR? 

Aconteceram algumas coisa na minha vida pessoal e eu acabei optando pela aposentadoria. A Liga Sorocabana me chamou, para finalizar o Campeonato Paulista, jogar alguns jogos. Eram seis jogos para ganhar dois para se classificar para os playsoffs, e foi exatamente o que aconteceu, nós conseguimos ganhar os dois, e não tínhamos ganhado nenhum ainda. Eu fui super bem, super feliz, estava um tempão sem treinar, sem tocar na bola. Mas fui feliz e me deu muita saudade de começar a jogar.

Depois eu acabei conversando com o São Paulo, e me motivou muito, fiquei muito feliz, uma honra jogar no São Paulo, vestir a camiseta do São Paulo, treinar com os companheiros de equipe, entrar no Morumbi, sentir aquela energia, estou muito feliz e super motivado para o NBB.

CESTINHA CONTRA O SÃO PAULO NESTE ANO, O QUE VOCÊ VIU NO TRICOLOR QUE PODE SER BOM PARA A TEMPORADA?

A qualidade da equipe do São Paulo dispensa comentários, vários jogadores vencedores, consagrados que vem fazendo excelente temporadas na NBB.

[Sobre ser cestinha contra o São Paulo] Eu tinha um volume de jogo maior na equipe de Sorocaba, apesar de estar sem ritmo de jogo, foi uma noite muito boa pra mim, e a gente conseguiu fazer jogo duro. No final do jogo, acabou, 18, 20 pontos, não quer dizer que foi o placar da partida, a gente estava 10, 8. Foi um jogo bom, a gente se sentiu bem, jogou bem, e é um prazer muito grande jogar contra equipes grandes da NBB, principalmente o São Paulo no Morumbi.

MESMO COM MUITAS CONQUISTAS, FALTA O TROFÉU DA NBB. ACHA QUE É POSSÍVEL CHEGAR LÁ COM O SÃO PAULO? 

Eu trocaria até o ano em que fui MVP, eu trocaria pelo título. Eu bati na trave algumas vezes. Eu estou muito feliz, que eu vim por uma equipe em que tem condições de chegar (conquistar o título). Claro que é início de projeto, mas são excelentes jogadores, e o time está melhorando a cada jogo, e vem fazendo um excelente trabalho, mostrou isso no Paulista. Eu acho que a gente tem condições de brigar lá em cim. Claro que depois é muito parelho, e a gente não sabe o que pode acontecer, mas eu acho que a gente tem condições, e todo mundo está confiante para fazer um bom campeonato e que temos muitas condições de chegar longe.

NÚMEROS BONS NO NBB, MESMO COM 36 ANOS, CONSEGUE REPETIR UM BOM RITMO?

Os meus números são bons, eu não penso nisso. Claro que eu estou em outro momento da minha vida. Eu tinha números muito maiores quando era mais jovem, com 28, 30 anos. E eu tive algumas lesões, o basquete a gente nunca esquece, mas eu tive algumas lesões que acabaram me atrapalhando durante a temporada. O meu foco principal é estar bem fisicamente e jogar todos os jogos possíveis com a equipe do São Paulo, o que eu posso chegar de números é o que menos importa. O que eu quero chegar é a cada final de jogo olhar a nossa equipe com a vitória, e subindo sempre na tabela.

A SENSAÇÃO DA CESTA DE TRÊS PONTOS NO SUL-AMERICANO NA ÉPOCA DOS EMBRIÕES?

O arremesso de três pontos nunca foi uma característica minha principal. Eu to treinando bastante para aperfeiçoar no meu jogo. Aquele dia lá tava na história, foi um acordo médico, estava nos planos de Deus. Eu sou um cara muito abençoado com tudo que aconteceu na minha vida, com o basquete, com a chegada dos meus filhos. Foi um acordo da mãe dos meus filhos com o médico, eu só acertei a bola. O mais importante é que eles vieram, vieram bem de saúde e só dão alegria na minha vida.

Foto: Divulgação

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