Crônica – São Paulo 1×1 FluminenC
São Paulo joga bem, abre o placar, sofre o empate e não tem forças para sair com a vitória e quebrar a sequência negativa
O Tricolor paulista entrou em campo, mais uma vez, com alterações táticas para tentar conquistar os três pontos no Morumbi.
Depois de três jogos no esquema 3-4-3, Rogério Ceni apostou em um time em um 4-4-2, sem a bola e um 4-3-3 dinâmico com a bola. Tivemos Araruna pela direita, Marcinho adiantado como atacante e Denilson pela primeira vez como titular.
Após abrir o placar e quase ampliar, o São Paulo cedeu espaço, sofreu o empate e, mesmo após a boa entrada de Lucas Fernandes, não conseguiu criar oportunidades claras para anotar o gol da vitória.
PRIMEIRO TEMPO
Os três primeiros minutos foram de domínio do FluminenC, que chegou a ter 72% de posse de bola. Aos poucos o São Paulo foi melhorando, equilibrando a posse de bola e triangulando. Mostrando o melhor futebol coletivo dos últimos jogos.
Aos 6, Cueva cobra falta, o zagueiro Henrique erra a cabeçada ao tentar tirar bola, Denilson domina na pequena área e toca a bola para trás, onde Jucilei estava para abrir o placar.
O time se animou e equilibrou a posse de bola, 51%, aos 22, em saída de bola errada de Júlio César, Cueva recupera o lance, toca para Thiago Mendes, que cortou o zagueiro e bateu rente a trave.
Cueva trocava de posição com Denilson, um ia pelas pontas e o outro por dentro, essa dinâmica confundia a defesa adversária. Do lado direito, Marcio, Apagado, não conseguia fazer o mesmo com Araruna, que não apoiava e se restringia à defesa.
A partir dos 26 a partida se equilibrou. Abel ajustou a marcação no meio campo e começou a forçar pelo lado esquerdo do ataque, exigindo muita correria de Araruna, que evitou o primeiro cruzamento em um carrinho, o segundo em uma dividida e na terceira chegou atrasado.
Leo cruzou, Jr Tavares escorregou e Henrique, livre, cabeceou para o primeiro milagre de Renan no jogo. Interessante ver o posicionamento do goleiro tricolor paulista nas cobranças de lateral para a área, Renan ia até ao meio da área para socar a bola. Esse posicionamento funcionou bem em todas as oportunidades.
Apesar da posse de bola equilibrada o ataque do tricolor carioca era mais incisivo, tanto que aos 38 min, mais uma vez Leo cruzou, Henrique finalizou, Renan fez o segundo milagre, no rebote Calazans bateu firme na bola e exigiu o terceiro milagre, na sequência do rebote, Calazans tenta uma bicicleta e Renan fez o quarto milagre da tarde.
SEGUNDO TEMPO
O São Paulo entrou em campo como se estivesse goleando, andando, o tricolor paulista foi pressionado pelo FluminenC.
Logo no início, após falta bem distante, Scarpa rolou para Wendel ajeitar, sem ninguém do São Paulo por perto, e encher o pé para empatar a partida. O tricolor carioca apertou o paulista após o gol.
Renan vinha se consolidando como o melhor jogador da partida. Cueva, Marcinho e Denilson estavam abaixo do esperado.
Não faltava vontade a ninguém, principalmente a Pratto, que infelizmente errou quase tudo que tentou.
Lucas Fernandes entrou no lugar de Cueva e em 5 minutos deu dois belos chutes perigosos ao gol de Júlio César.
Na parte final da segunda etapa os paulistas ficaram mais com a bola, com o dinamismo de Lucas, mas não conseguia traduzir a posse em chances claras. Perto do fim do jogo Denilson deu espaço a Thomaz, que não teve tempo de aparecer. Aos 48 Marcinho ainda tentou um chute forte da entrada da área, mas foi para longe do gol.
E foi só.
Mais uma tarde de decepções para o torcedor do tricolor paulista, já são cinco jogos sem vitória, 16ª colocação do campeonato Brasileiro e 1 ponto do z4 .
Após a partida a torcida organizada, somada a alguns torcedores “comuns”, protestou contra a diretoria, treinador e jogadores, foram entoadas frases como: “Time sem vergonha”, ” Muito respeito com a camisa tricolor”, “Estou cansado de time amarelão”, “Queremos jogador”.
Na sequência teremos uma semana livre para trabalhar, Flamengo e SFC fora de casa. Só o tempo nos mostrará se estamos ou não no caminho certo.
Como já disse Juvenal Juvêncio no passado, “O tempo é o senhor da razão”.
FOTO: Rubens Chiri / saopaulofc.net