Crônica – Atlético-PR 1×0 São Paulo
Tricolor domina o jogo, cria boas oportunidades, mas sai de campo derrotado e não consegue quebrar o tabu na Arena da Baixada
Na noite desta quarta-feira (21), o São Paulo foi à Arena da Baixada enfrentar o Atlético-PR pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. Com elenco em reformulação, durante o principal campeonato do ano, o técnico Rogério Ceni teve que se desdobrar para armar a equipe em busca da reabilitação no nacional. Infelizmente, não conseguiu.
PRIMEIRO TEMPO
O São Paulo começou o jogo em um esquema 3-4-3 com posse de bola e 5-4-1 sem a bola, Lugano na sobra na linha de 3 defensiva, com Marcinho e Junior Tavares recompondo pelas alas. Ainda com dificuldades na recomposição e na criação de jogadas a equipe foi pressionada nos primeiros minutos pelo time comandado pelo técnico Eduardo Batista.
Aos 3 minutos da prima etapa, em saída de bola errada de Militão, Renan fez bela defesa sobre o chute de Nikão e no escanteio Militão, novamente ele, não acompanhou o zagueiro Wanderson que após dividida na pequena área, rolou a bola entre as pernas do goleiro Renan para abrir o placar aos 4 minutos.
Até os 15 minutos o Atlético pressionou e quase ampliou o marcador. Aos 5, Nikão entortou Thiago Mendes, chutou forte e parou em grande defesa de Renan Ribeiro. O Rubro-Negro cedeu a bola ao Tricolor, que alterou sua tática de jogo para o 4-4-2, Militão virou lateral direito, Thiago Mendes um meia aberto pela direita e Marcinho atacante. Mesmo assim não conseguiam de fato assustar o gol do goleiro Weverton.
Cueva quase empatou o jogo em cruzamento de Marcinho, mas não passou disso. O São Paulo não traduzia a posse de bola em oportunidades. Já no final do primeiro tempo , um grande susto, aos 43 min, Lugano atrasou a bola de dentro da pequena área sem ver se Renan estava no gol e o Atlético quase ampliou.
SEGUNDO TEMPO
Os dois treinadores executaram alterações no intervalo. Eduardo tirou Matheus Rosseto e Lucho para a entrada de Daivid e Carlos Alberto, aumentando o poder de marcação com o primeiro e liberando Carlos Alberto para armar contra-ataques, ligando o Nikão. Ceni retirou o “passe de lado e trote” de Cícero para a entrada do estreante número um da noite, Denílson.
O treinador tricolor abriu o time em um 4-2-3-1, com Thiago e Jucilei como volantes, Militão de lateral direito, Cueva no centro armando, Marcinho aberto na direita e Denilson na esquerda. Denilson foi bem, puxou jogadas verticais, ensaiou dribles no mano a mano, porém, sempre faltou à ele e ao restante do time o último passe.
Nas pontas, com Marcinho pela direita e Denilson pela esquerda o time dava mais pressão sobre a saída de bola adversária, machucando mais a marcação e fazendo a bola cruzar de um lado ao outro a área adversária. Infelizmente a pressão inicial não se traduziu em Gol ou grandes chances. Cueva, mais participativo nesta partida, tentou tabelas e triangulações, mas a noite não era tricolor.
Na sequência veio W. Nem no lugar de Militão, recuando Marcinho para a lateral direita. O São Paulo perdeu poder ofensivo por aquele lado, W.Nem parece ainda não ter se encontrado no esquema tricolor, e o time continuava com a posse da bola, sem assustar o time adversário, e exagerando nas bolas cruzadas na área.
No fim, o segundo estreante da noite, Brenner foi para o jogo no lugar de Cueva. O Jovem se apresentou, chamou jogo, tentou um passe magistral ao Pratto, porém, sem sucesso. O time ainda cruzou diversas bolas na área, mas não conseguiu o empate. Fim de jogo.
O São Paulo saí de Curitiba há 2 pontos da zona de rebaixamento e sem nunca ter vencido na Arena da Baixada e o Atlético saí reabilitado no campeonato ao conquistar a primeira vitória em casa.
Nesta noite a equipe se mostrou mais organizada taticamente. Faltaram as transições em velocidade, trocas de posições, tabelas de sucesso, infiltrações, homem surpresa, cruzamentos com qualidade, jogadas individuais e ensaiadas. O time hoje mostrou evolução tática, sem grandes invenções. Agora é preciso manter o padrão que o treinador escolher e crescer. É preciso evoluir muito o desempenho coletivo se quisermos brigar por uma vaga na Taça Libertadores da América.
FOTO: Rubens Chiri / saopaulofc.net